quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

JANELAS

    As janelas se abrem e fecham constantemente, o vento que sopra vive mudando os rumos, mas só nós podemos definirmos o momento de fechá-las ou abri-las. 


    É assim que vejo a vida.
   Passamos tanto tempo sonhando com isso ou aquilo, que não nos damos conta de que podem existir outras possibilidades que nos proporcione   a mesma satisfação ou até maior, com algo que ainda é desconhecido para nós.
Nem sempre conseguimos "sacar" tudo que está na nossa frente, mas precisamos aprender a apurar nossos sentidos,  e identificar quais ventos desejamos que  nos invadam e quais devam passar.
   Quem nunca sonhou em ser respeitado e reconhecido por seu trabalho? Em trabalhar com seus ídolos, pessoas as quais admiram e inspiram seu trabalho? Quem não sonha com o sabor da satisfação na vida?
  São tantos sonhos e pensamentos, que as vezes se perdem na angústia da insegurança, do medo e da falta de atitude. Tudo é uma questão de oportunidade, e se  não enxergarmos dessa  forma corremos o risco de  vivermos enclausurados em pensamentos e sonhos, nos corporificando enquanto pessoas frustradas.
  Observe sua janela e sinta o evento.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ser Humano.

  Humano: Relativo há homens e mulheres. Bondoso. Compreensivo. Um comportamento humano.





  Ser humano, a pessoa humana, e ter atitudes  que lhe são específicas são algumas características das pessoas, no entanto, o que vejo não é nada HUMANO.
Estou me questionando até que ponto todas as pessoas realmente são humanas?
 O que vejo a cada dia é que  a maioria das pessoas apenas pensam em seu próprio umbigo, se direcionam  sempre egocentricamente. Não quero  julgar ninguém, afinal somos livres para fazermos de nossas vidas o que quisermos e como bem quisermos, mas  a partir do momento que esse "como" interfere brusca-mente na vida de outras pessoas, se torna desumano e perde toda a essência de ser humano.
  Eu não consigo entender porque existem pessoas assim. Pessoas que querem ser vistas a qualquer custo, não se importando com os sentimentos alheios, faltando com a dignidade e respeito entre todos. Que sociedade é essa que estou vivendo? Princípios e valores deixaram de  existir? O que passa na cabeça dessas pessoas? Por que maldade?
 São tantos questionamentos sem respostas. A sensação que  me dá,  é do verdadeiro caos. Por mais  que haja sensatez, sobre mim sobressai o sentimento de uma agressão.
  Até que ponto as pessoas são capazes  de chegar para alcançarem seus objetivos? Não há chegada, elas estão sem limites.
  Por mais que tenhamos o conhecimento da vida e, sabemos que existem um número bem maior de pessoas contra a gente do que a nosso favor, nunca estamos preparados o suficiente para sentir na própria pele os sintomas causados por essas pessoas são incapazes de serem humanas.
 Mesmo com toda essa crueldade, ainda somos capazes de encontrar algumas raridades, as quais podemos chamar de amigos, são poucos, mas o suficiente para amenizar e curar os possíveis estragos feitos por aqueles seres que não honram o nome  ser humano.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Será que vale a pena partir?

  CANSEI!

  Simplesmente cansei de ficar calada com tudo que acontece e não vomitar meus pensamentos, deixar ecoar a minha opinião!
 Eu poderia dizer que o principal motiva desse meu desejo de partir em busca de algo novo foi a decepção, por minha família ser enganada por mais de uma vez por pessoas sem caráter, dignidade ou principio, que pisam nas outras sem o menor sentimento valorizando apenas o dinheiro, decepção por tantas amizades que achei que eram verdadeiras  e nos momentos difíceis  me viraram as costas, ou melhor fingiram não ver mesmo, ou a decepção por vários trabalhos realizados e jamais pagos, investimentos em sonhos não respeitado, calotes... mas essas decepções acontecem mesmo, acho que não sou a única a me  decepcionar, com tudo isso. Sempre aprendo alguma coisa que me fortalece e faz evoluir enquanto pessoa. O motivo do meu cansaço e desejo de partida em busca de algo melhor são as pessoas.
 Cansei das "ladainhas". Cansei de escutar pessoas criticando isso ou aquilo e não tendo atitudes. Cansei de ser depósito de informação para  os outros e  de quando me pronuncio sou recriminada por opiniões adversas. Cansei de me sentir objeto, quando precisam estou aqui, depois sou descartada quando não possuo mais utilidade.
  Cansei de assistir a tudo e percebi que pior do que é esse cansaço, é que calada estou compartilhando desse mesmo comportamento, quanto mais aceito, mais sou impregnada pela comodidade, pela falta de compromisso comigo mesma e meus ideaís. Cansei desse mundinho  de sonhos, onde acreditei tanto que poderia mudar a realidade todos.
  Cansei, cansei e cansei!
   Partir será a melhor solução?
   Não! Onde existem pessoas, existem diferenças, existem conflitos, desafios e superações.
   Pra onde eu for se eu tiver problemas, eles serão carregados comigo. Nenhum ser humano é perfeito. Nenhum ser humano é obrigado a aceitar ao outro. Mas todos devemos nos respeitar e sabermos convivermos em paz.
  A sociedade é composta por várias pessoas assim e sair do meio que convivo, a princípio pode me trazer a ilusão de um outro lugar poder ser perfeito, mas com a convivência verei que tudo é do mesmo jeito, e se cansei e desejo mudar  a minha realidade, a mudança deve partir de mim. Selecionando melhor  as minhas escolhas. Acreditando mais no meu trabalho. E agindo mais a favor daquilo que eu objetivo.
   E quanto as pessoas, cabem a elas se descobrirem.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Coisas da Vida.

  A vida realmente é uma coisa surpreendente!
  Em mais um dos meus momentos de auto reflexão percebi o quanto esse ano foi distante do que planejei. Tive muitos acertos e muitos erros, mas uma das coisas mais importantes que "re-aprendi"  foi o quanto acerto com os meus erros.O quanto eles me direcionam a encontrar o o caminho certo.
  Ninguém nunca disse que seria fácil realizar meus sonhos e nem por isso eu parei de sonhar.
  Mas é incrível como nos deixamos cair quando tropeçamos. Estou aprendendo a sempre me manter  no caminho, pois a cada tropeço que tenho se resolvo desviar o caminho, mais longe fica  a luz que estou seguindo.E não é isso que eu quero, distanciar-me, quero aproximar-me e chegar no meu objetivo. Estou percebendo que compliquei muito algumas coisas, e tudo que aconteceu, acontece e acontecerá é de plena responsabilidade minha, se errei, é porque em algum momento permiti esse erro através da dúvida,  insegurança ou medo do caminho que escolhi e para evitar os erros é necessário acreditar, e quando digo acreditar não é apenas no sentido de fé ou auto-estima, é estudar e trabalhar para que aquilo que eu acredito se concretize. Estou vendo que existem mais fatores que me impulsionam do que me derrubam, e eu que fechava os olhos antes, nas pequenas coisas, gestos e conversas aparecem grande soluções.
  Estou aprendendo a viver e não a sobreviver.

Minha infância.

 

  Ôh saudade da D. Catarina, minha vovózonaaaaa.
  Lembro das férias incansáveis e únicas, no interior de minas (Muzambinho), férias que tanto marcaram minha vida, que fazem parte da minha história, repleta de regalias  da vovó, as quais  poderia ter dado mais valor.
  Na ansiedade da adolescência o meu maior tempo era dedicado as conversas com os amigos, paqueras e voltas na praça da cidade. Achava que tudo sempre seria da mesma forma, e a família toda sempre estaria ali.
  Mas o tempo passou, eu cresci e percebi que podia ter  dedicado mais tempo a vovó e ao vovô. Na infância ainda disputava com os primos um cantinho no quarto da vó e ajudava o vô nas plantações. Tive uma infância perfeita! E só agora que bateu a saudade que me dei conta dos detalhes, ah como seria nossa vida sem esses pequenos detalhes!?!
   Todas as férias era sagrado, o aluguel dos cavalos pra  cavalgarmos horas e horas, os caminhões de areia para termos o contato com a terra, as receitas que só a Dona Catarina sabe fazer... os sorriso do vô Eufrázio...que nos deixou, sendo o meu maior exemplo!
 Ah, que saudade de sentar a mesa, ver vovô no seu lugar e as discussões entre primos pra ver quem iria comer nos pratos que era da bisa Elisa. Brincar de policia e ladrão e deixar sempre os mais novos "fazer papel de bobos". Sem contar nas caminhadas exaustivas até o açude do "Bia", as imensas bolas de sorvete da praça, os carnavais inesquecíveis, até desfilei na escola de samba. E quando  comecei a ir pra praça, tinha horário pra estar em casa, mas a vovó sempre  liberava mais um tempinho.
 Tempos memoráveis.
Quando dizem que vó sempre faz o gosto dos netos, não é mentira, até hoje mesmo com a distância que nos separa ela ainda atende os meu pedidos. Mandou do doce de figo com queijo fresco que só ela sabe fazer, o polvilho azedo para eu tentar fazer suas receitas.
 Obrigado Vô Eufrázio e Vó Catarina, por tudo que ja fizeram. Amo vocês!

sábado, 20 de novembro de 2010

Eu e os Outros, os Outros e Eu!




  Como ser humano é difícil. Lidar com os sentimentos próprios e alheios, imagem, vontade, é um verdadeiro rebuliço entre ser o que realmente somos e queremos, e os bombardeios dos Outros.
   Ando me perguntando, até que ponto os Outros interferem na minha vida, e Eu na dos Outros?
   Sempre tive orgulho de assumir meus pensamentos e vontades, correr atrás do que queria e admitir meus erros. Mas com o tempo passando, a cada dia percebo o quanto somos escravos dos Outros, não que eles mandem em nossas vidas, mas eles determinam muito sem percebermos, e quando menos nos damos conta, estamos limitando o nosso Eu.
  É tão bom ser livre, poder escolher nossos caminhos, nos entregar aos desejos.
 Ah, que saudade da minha infância e adolescência, sem grandes responsabilidades, uma visão pura das pessoas e das situações, que infelizmente quando crescemos, percebemos que o mundo não é bem aquela flor que acreditávamos, não que seja o inferno, isso também não é não, mas tem momentos que chegam perto.
  Ando com uma sensibilidade incomoda, parece que tudo que os Outros falam é direcionado pra mim e, quando quero me pronunciar tenho que refletir bem, pra usar as palavras corretas e não magoar ninguém, porque se magoar alguém estarei magoando a mim mesma. Ser sincera não é tão fácil!
  Tenho a sensação de em determinados momentos estar de frente há um abismo, que pode tanto me levar pra um lugar seguro quanto pra outro que evidencie ainda mais as minhas angústias.
  Fazer escolhas quando pressionada não é nada legal, em em meio as decisões que preciso tomar, algumas já com respostas esperando o momento certo de ser pronunciada, o maior desejo é de sumir por uns dias, ir pra um lugar distante, viver sem sobreviver, buscar o prazer das coisas por si próprias, reencontrar minha alma de criança.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dias assim...

  Pensei que nunca mais iria me sentir assim. Pensei que era forte. Pensei em um monte coisas que me levaram ao nada.
  Estou medo de tudo e todos. 
  Por que é tão difícil falar dos nossos sentimentos? Eu não consigo, há algúm tempo que venho fugindo dessa conversa, mas ontém fui obrigada a encarar a realidade e quando percebi já estava  em lágrimas e revivendo aquilo que mais temia. E o mais difícil é não querer falar, como se não confiasse em ninguem. na hora das brincadeiras e farras, me entrego, "visto o personagem" e vivo, mas na hora que preciso de alguém, não consigo falar com neinguém, me isolo e sobrevivo. Uma tempestade de maus pensamentos cai sobre mim, eu entro em conflito comigo mesma, não chego a conclusões, não saio do lugar e não me pronuncio pra tentar afastar. Não que eu não queira, mas não consigo, há coisas que são dificeís de dizer e pra mim é falar sobre os meus sentimentos, não gosto de assumir a fraqueza e mostro apenas minha armadura, mas em momentos como esse me sinto apenas o pó.
  Por que tanta vontade de chorar, se nem motivo tenho?
  Por que vontade de me esconder, se adoro estar com as pessoas?
  Por que desistir, se o sonho é conquistar?
  Estou sem forças, entregue a algo que não sei o que é, tentei fugir, mas só consegui me esconder de mim mesma e de todos que me amam. Sinto dor e não tenho ferimento. Quero fechor os olhos e não ter mais que abrir, como apertar um botão de desligar e eu me apagar, mas não sei como e em meio a tanta confusão nos pensamentos, quero carinho, quero cuidar, me preocupo. Quero falar, mas não sei por onde começar, queria não ter medo.
  Parece que todos estão me olhando, mas não me vêem, e eu não gosto disso, cada questionamento e palavra duro soa como uma punhalada, encomoda e não sei como reagir, porque ja estou entregue.
  Não sei mais em quem e em o que acreditar.
  Mas ainda assim sei reconhecer que tem pessoas que fazem bem, pessoas que eu mau falava, mas estão ao me lado se mostrando amigas verdadeiras, e quanto aos meu verdadeiros amigos continuam lá prontos pra me escutar, mas não adianta se eu não tenho coragem de falar para eles.
  Dias assim não queria que existisse, dias assim uma vez vivido jamais deveriam ser repetidos, dias assim me fazem ser quem eu não sou, me fazem perder o brilho no olhar e vontade de sonhar.

domingo, 24 de outubro de 2010

Vivendo e aprendendo.

 


          Nos últimos dias ando pensando demais e agindo de menos. Fui tomada pelas lembranças e caí nos braços da saudade,recordando de momentos únicos e pessoas as quais nem lembrava mais.
  É incrível o poder que a música tem em minha vida. Cada canção me leva a diferentes fases  da minha vida, umas mais alegres, outras mais tristes, enfim em determinados momentos é como se aquela composição narrasse aquele conto da minha história.
 Red Hot me fez voltar no tempo e lembrar das travessuras da adolescência, quando cursava ainda a 8ª série (atual 9º ano), eu mau sabia o que era rock'n roll e me sentia a roqueira de saia de prega preta, all star  cano longo e correntes penduradas, "no embalo da moda", lembro que ouvi muito Charlie Brown e Capital Inicial, foram os primiros shows que fui com uns 13 anos de idade, inesquecíveis!
 Guns N' Roses, me levaram a Muzambinho - MG, na tentativa de ser o que eu não era mais uma vez, acho que naquela época eu queria parcer mais velha, intectual musicalmente e  sei lá, e me embarquei nos sons mais pesados, que reencontrei aos 16 anos já em Natal, uma verdadeira "tiete" que acompanhava os amigos aos ensaios das bandas e ficava cantando e viajando e sempre pedindo as mesmas músicas do Cazuza (Cazuza eu peço até hoje).
 Apesar de ter chegado ao nordeste convicta de que "jamais "curtiria os forrós locais, mais alguns anos a frente e onde está Aline? Nos shows de Aviões, Muído, entre outros das antigas que são muito bons!
 Em meio as descobertas e diversidade musical, sempre rolava um pagodinho e uma trance.
 E hoje com certeza vocês me verão no chorinho e no reggae, adoro.
  Cada banda ou música fez parte da minha vida  e me marcaram. E ontém ao curtir mais um show do Capital fiquei em êxtase, quase 10 anos depois do primeiro, os caras continuam com a mesma energia, mesma qualidade, o mesmo som que toca, marca e recorda. "Do caralho" como diz o Dinho!
  Tentar ficar achando uma explicação por que a música me envolve tanto, é perda de tempo. O fato é que ela está impregnada a minha história e eu gosto, e eu adoro e eu amo. Não é ficar na fossa, como dizem uns, é se envolver com uma melodia e viajar nas letras.
  Vamos escutar as mesmas músicas durante nossas vidas muitas vezes, e em diferentes momentos, e nos pegaremos lembrando de coisas que acreditavamos ja termos esquecidos, o riso vai vir ou as lágimas, e isso é bom, é sinal de temos vida, ou melhor, que vivemos. Temos medo e coragem ao mesmo tempo, somo seres humanos, sentimos, falamos e agimos. Vivemos vivendo e aprendendo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

NAMORAR

  
Namorar:
v. tr.
1. Andar de namoro com; requestar.
2. Seduzir, encantar.
3. Cobiçar.
v. intr.
4. Fazer namoro.
5. Ser namorador.
v. pron.
6. Sentir amor; apaixonar-se.
 
 

 


   Há quem diga que namorar é gostar, amar, uma nomenclatura de um estágio do relacionamento entre casais, outros, que seria um momento íntimo, fazer amor, transar, fazer sexo ou vulgarmente trepar.
   Não sei dizer se felizmente ou infelizmente, as pessoas "rotulam" TUDO. E esses rótulos são determinados simplesmente pelas aparências, e quando digo aparência não é apenas a "visão individual", mas conjunto de rótulos que a "sociedade se empreguina durante a vida".
  Mais do que uma nomenclatura ou ação, namorar é ter sentimento.
  Em minha opinião, hoje em dia (namorar) de forma "banal", em determinadas ocasiões, é como se namorar e ficar fossem quase sinônimos, e em meio há uma sociedade liberal, as pessoas se esquecem da essência, da paquera, da troca de olhares, de como é namorar.
  Eu fico me perguntando, se ao assumir um namoro simplesmente por gostar de alguém, do beijo e/ou do sexo, as pessoas realmente se sentem completas? Não que em um namoro essas coisas não "contem", pelo contrário, são fundamentais, mas acredito que há coisas que significam muito mais em um namoro, e quando vivenciadas completam o relacionamento.
   Namorar é quando estamos juntos e sem dizer nenhuma palavra somos capazes de fazer o outro sorrir, é mesmo quando não estar fazendo nada é ser tudo, é fazer da convivência inovação, ver o sol nascer todos os dias da mesma janela e nunca ser igual, ao pôr do sol sempre ter histórias pra contar. Cada beijo insiste em dar frio na barriga e as noites de amor se perdem em meio a horas repletas de carinho. Quando há lágrimas, não precisam ser escondidas, pois quando um completa o outro, mesmo no silêncio de um as palavras do outro, são exatamente as necessárias para preencher o vazio.
  Enfim, para namorar, nem sempre é preciso estar namorando.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Feriado Tão Esperado.



 Diante de tanto stress na última semana, caos e conflito pessoal, nada como um feriadão pela frente, acompanhado da família.
  Pretendo descansar mais do que meu corpo, a minha mente. Que os meus problemas e dúvidas morram assim como a semana que se termina, que minha força se renove com um novo tempo. Vou deixar a natureza me embebedar com seu frescor, não me preocupar com a hora de deitar ou levantar, quero rir das piadas sem graças e chorar sem vergonha se as lágrimas vierem a descer, vou me entregar a mim mesma e buscar dentro do meu mais íntimo uma renovação.
  Ao entrar no mar, que as ondas levem para não mais voltar todas as decepções, todos os desamores, todos os receios e bloqueios que se alojaram em meu corpo sem permissão.
  Para o meu presente, só desejo que o futuro virá me trazer e este passado jamais retorne ao meu ser. A partir de manhã  mudanças.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pelo olhar se fez nosso amor.



 Aquele que enxerga os meus olhos,
enxerga minha alma.
O olhar não sabe esconder a dor,
ele tenta mas, derrama lágrimas.
Não sabe esconder a felicidade,
pois o brilho o entrega.
Se está angustiado,
se  mostra perdido no vazio. 
Se te preocupas,
busca algo invisível.
Não importa tua aparência
 e nem como queiras parecer.
Não adianta esconder,
pois teus olhos irão revelar
o que realmente sentes e
quem realmente és.
Mesmo que seja lá no fundo,
o teu olhar vai te entregar.
Assim com tu ao me olhares,
se de fato enxergar os meus olhos,
verá minha alma, sendo desnecessário
perguntar-me ou responder-te,
da mesma maneira que sei tuas respostas
sem perguntar-te.
Os olhos revelam nossos sentimentos,
eles nos contam a verdade.
Então, não temas diante de mim ser enganado,
e principalmente,
não temas a ti mesmo,
não tente se esconder,
viva sem medo de ser feliz.
Viva sem medo de estar ao meu lado.


Aline Nalon
Outubro de 2007

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Meus Olhos Refletem Minha Alma



    Esta semana está sendo tipica de desafios,  coisas pequenas se tornam gigantescas, me sinto em uma constante TPM.
  O meu corpo reflete a minha mente, cansada e desmotivada, mas ainda assim solto alguns sorrisos, poucos mais sinceros. Permaneço no silêncio, com receio de dizer coisas e ser mau interpretada, ou escutar resposta indesejadas. Com o acumulo das angustias no peito, um rosto sem expressão o meu olhar entrega como estou e quem me conhece questiona, onde está a cor da minha alma, pois meus olhos estão apagados e eles refletem o meu espírito. Eu também me questiono e não encontro respostas, encontro sensações, mistura de sentimentos. Lembro de coisas que não queria lembrar, faço coisas que não deveria fazer, me escondo com medo de alguém me achar, medo de alguém falar o que não quero escutar, medo de uma realidade que não quero pra mim. A vontade é de não se levantar, se me  fosse permitido multiplicaria as horas recolhidas em mei leito. O que faço é porque tenho que fazer, o desejo ja não está mas em meu corpo e como não vejo saídas, finjo ainda querer, finjo ainda gostar, tento finjir o olhar mas  ele semore me entrega.
  Por que é tão difícil lidar com nossos sentimentos? Por que é tão difícil falar certas verdades? Por que temos medo? Por que nem sempre mudamos? Ou, por que buscamos tantas mudanças? Caramba! Por  que a insatisfação?
  Não tenho resposta pra nenhum desses questionamentos. A única coisa que posso afirmar nesse momento além desses dias sem luz, é que deixar as palavras sairem me alivia, assim como vômitar aquilo que o nosso organismo rejeita, minha alma rejeita tristeza, falsidade e desamor.
  Os meus olhos iluminam  os caminhos por onde percorro, a minha visão chega  a frente por onde devo passar,  pensando no " SEGREDO", eles refletem o meu pensar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Tempo Não Para.

 Já dizia o grande e inesquecível poeta Cazuza:

"Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára"



 E assim está se construindo o meu caminho, revivendo cenas, mudando os conflitos e dividindo meu palco com novos e antigos personagens.
 Os meus planos de hoje se misturam com os de ontém.
  Eu não paro de sonhar!
  As vezes fico pensando  se estou perdendo o meu tempo sonhando. Sonhar me leva pra longe, para os lugares belos e felizes, como em contos de fadas, por mais que apareça uma bruxa, o final sempre é feliz. Mas, na vida real nunca sabemos qual e nem onde será esse final, e as vezes me vejo em um labirinto, a saída existe, mas qual caminho escolher, se quero passar por todos, se tenho a necessidade de sentir, de viver.
  O tempo não está parado, e se os passos não continuarem a seguir, as coisas irão se acumulando (ou será que já estão acumuladas?) e o "final feliz" ficando cada vez mais distante.
  Choque de realidade, "será esse o remédio que estou precisando?"
  Por que as pessoas se incomodam tanto com meu jeito natural de ser?
   Gosto tanto do simples,  do pequeno, eu vivo por tão pouco. Eu quero ser feliz e levar a felicidade aos outros, não quero comercializar os meus sentimentos e as minhas palavras, quero falar, escutar e ter quem me escute.
   A vida vai passando e eu vou seguindo, as vezes pensando em eternizar momentos ou em outros nunca mais vivenciar. O tempo não para, mas as lembranças sempre podemos guardar.





QUERO QUE O TEMPO PARE

Quero que o tempo pare,
no momento em que estiver sentindo o techeiro,
minha pele colada na sua e nós nos tornando um só.
Quando fecho os olhos,
só me vem a lembrança do seu beijo,
que enceideia o meu desejo.
Meu sorriso fica timido,
quando estou na sua presença.
Procuro disfarçar o meu olhar,
 mas não há quem não perceba
que é você quem guia minha visão,
você quem direciona os meus passos.
Estou entregue a você e
quero que o tempo pare,
no momento em que estiver sentindo o teu cheiro,
minha pele colada na sua e nós nos tornando um só.
Quero que o tempo pare,
enquanto eu puder estar com você.

                                                       Aline Nalon
   Abril de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Saúde.



 Ontém não consegui participar da aula de acrobácia, com mau estar, tontura... hoje, amanheci resfriada e tive que sair da aula mais cedo, aliás praticamente não assisti a aula, como esse mau estar e formigamento na mão direita (muito pouco, mas o suficiente pra incomodar, a mim e todos aqui de casa). Passei o dia deitada e pensando.
  Putz! Eu odeio ir ao médico, mas pra desencargo de consciência é melhor fazer os exames de rotina pra verificar se está tudo "ok".
  O que me deixa mais confusa, é que até  dois dias atrás, estava tudo ótimo, perfeito, o cansaço é normal na vida de todos hoje em dia, mas nada preocupante e der repente tonturas, molezas...já sei o que vocês estão penando e já me perguntaram. Não estou grávida e nem existe a menor possibilidade.
  Por que não gosto de ir ao médico?
  Porque tenho medo!
  E, por que eu tenho medo?
  Até onde sei e me lembro, não há nada de grave pra me preocupar e que me impeça de ir ao médico.
  Estou incomodada com essa situação, e não venham me falar de alimentação e farras, porque ando me alimentando sim corretamente, a última farra foi no meu aniversário, que diga se de passagem que não da pra ficar sem comemorar,  e estou lutando contra o vício da nicotinaaa, já diminuí muito.
  Detalhe, quando algo nos incomoda é incrível, pois não conseguimos nos concentrar totalmente  nas outras coisas que não estão ligadas á aquela "pedrinha no sapato", e a gente acaba  criando vários questionamentos, que só aumentam a sensação de incomodo, transformando em um exagero total, ou as vezes não.
  Gente, eu estou viajando demais... e acho que só escrevi besteiras. Estava pensando em não publicar hoje, ou esse texto, mas, tudo o que escrevi faz parte de mim e dos meus questionamentos, hoje posso não estar "tão inspirada", e não publicar, seria o mesmo que negar uma parte de  mim.
   Sou um ser humano, possuo defeitos e qualidades, e porque não revelar também os meus questionamentos que  aparentemente são insignificantes, dúvido que ninguém na vida nunca passou por momentos de crises, baixo astral, preocupações... enfim  como já comentei em uma postagem anterior, tudo é passageiro na nossa vida e eu particularmente, sou intensa as minhas vivências.
 Como exemplo dessa minha intensidade e dos meus conflitos, observem o que escrevi em dia desses super baixo astral, que cabe  aos pensamentos de hoje também:


"Estou em uma fase daquelas, desanimada, sem forças pra realizar as minhas atividades, o meu corpo está preguiçoso, a mente impestiada por questionamentos sem importância, a ansiedade consome a minha alma, na esperança de algo "bom" que eu nem sei o que é.
 Sinto falta daquilo que eu nunca tive.
 Sonho em reviver algo que nunca vivi.
 Seguro os gritos que pulsam em minha garganta, na expectativa dessa agonizante adrenalina passar.
 Que os próximos dias sejam embebedados por uma vulnerabilidade, levando-me a sensações opostas as do dia de hoje."

Setembro/2010

E o pior é que nem me lembro porque escrevi isso.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

SONHAR!

   

    Como é bom sonhar!
    Fechar os olhos e poder viajar sem nem mesmo sair do lugar.
    Imaginar.
   Mesmo quando estamos acordados. Ah estes são os melhores sonhos, pois em nossa mente escolhemos, o que, quando, onde  e com quem acontecer algo. Nestes sonhos ultrapassamos as pedras de nossos caminhos como um piscar de olhos. A sensação em nosso corpo é sempre de alívio, bem estar, são sorrisos sinceros e olhares radiantes, dispensando em momentos as palavras, pois sonhar é sentir. Sentir os detalhes, sentir o que deixamos passar desapercebidos.
    Sonhar é deixar aflorar as nossas vontades mais profundas.
    Quando sonhamos, temos coragem e ousadia.
    Somos felizes ao sonhar.
    Mesmo que o sonho pareça impossível,  quando sonhado parece fácil de realizar.
    Mas e a realidade, como está???
   Nem sempre está ao lado de sonhar. Nem sempre temos a mesma coragem, a mesma ousadia e determinação do sonho. Nem sempre podemos escolher quais pedras retirar.
   Então, o quê fazer?
   Simples! Vamos sonhar sem medo e pudor, porque só o fato de sonhar torna mais fácil e gostoso tentar realizar.
   E se a coragem faltar?
   Não se preocupe, o desejo e a vontade falaram mais alto, serão os impulsos necessários para ao menos você tentar.



   Estou vivendo assim, sonhos atrás de sonhos, buscando talvez amenizar a realidade, ou buscando forças pra realizar esses meus sonhos, a cada dia que passa viajo mais no mundo da minha imaginação.


"Fechei os olhos e sonhei.
Seus Olhos me encaravam enquanto os meus fugiam.
Seu sorriso me contagiava, fazendo com que o meu se espalhasse.
Quando havia silêncio, encomodava.
E em meio há explosões de palavras, mais uma vez a gente se olhava.
Acoredei, olhei e você não estava mais alí.
Seu cheiro ainda me envolvia, me fazendo sonhar, sem mesmo estar deitada.
Foram dias assim, de sonho e realidade.
Cheio de encontros e desencontros.
Palavras ditas e guardadas.
Desejos revelados ao deitar e reprimidos ao levantar.
Gestos controlados com receio de você não gostar.
Abri os olhos, e acordei."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nostálgica.

  Hoje acordei nostálgica, lembrando de risos e lágrimas.
  É engraçado o quanto valorizamos as pessoas  e situações sem nos dar conta que tudo passa. Como é intenso os nossos sentimentos, pelo menos os meus, quando gosto eu realmente gosto e quero, e desejo, depois vem as decepções, vem as histórias com começo, meio e fim, vem o tempo, e tudo passa.
  As vezes mudam  as pessoas, mas situações são as mesmas, o amor não correspondido, ou  não do jeito que queremos, a amizade que acreditamos ser verdadeira, mas se foi, o stress que parece nunca passar ou as crises de risos que dão medo de virarem lágrimas. Sempre é tudo tão intenso.
  Hoje senti saudades  da época de escola e da inocência das vivências, das loucuras na adolescência, dos olhares e das paqueras, as brigas com as  amigas sem motivos. Ôh saudade das preocupações banais. Saudades dos detalhes que talvez apenas eu  meu lembre.


  É nesses momentos intensos que saem as belas palavras repletas de sentimento. Mexendo em meus cadernos encontrei essas:
      DIA VAZIO


Na caminhada de hoje tudo passa e nada vejo.
Com passos curtos faço meu trajeto diário.
Sempre tão falante, cheia de idéias e risos.
Cheia de presença, não tinha porque me atentar  as outras presenças.
E hoje, me sinto vazia.
Ao invés das lembranças,
Vejo no caminho apenas o meu rastro.
Não há mais pegadas a serem compartilhadas, seguidas, recriadas ou apagadas.
Há apenas um traço fino, que está a sumir.
E se já era nada, agora é um nada completo.
Me sinto só.
Meu dia está vazio e ausência de mim mesma me consome.
Cada gesto parece ter o peso da vida.
Alguns passando desapercebidos,
E outros cicatrizando o meu corpo.
A vontade é de fechar os olhos, e ir para o nada neste dia vazio.
Mas não.
Os olhos estão bem atentos, arregalados.
Mostrando que mesmo neste dia vazio, tudo está cheio.
Nada é polpado.
Cada obrigação deve ser cumprida.
A rotina deve ser seguida.
Tudo que sempre foi feito com prazer.
Tudo que sempre foi motivação.
Hoje é sacrifício.
Hoje é doloroso.
Hoje é dia de solidão.
Hoje é dia de ausência.
Hoje é um dia vazio.

Aline Nalon
abril de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Se encontrar.

  Estava pensando,  em meio há um universo cheio de possibilidades e caminhos a escolher, o quanto nos perdemos e reencontramos ao trilhar nossa caminhada  na vida. O quanto somos satisfeitos e ao mesmo tempo insatisfeitos com o que fazemos e escolhemos. A cada nova porta que se abre, uma nova inspiração, um novo desejo, um novo encontro, o que acaba nos levando  a uma nova reflexão, se aquele caminho que percorremos até antes de passar por  essa porta, realmente  estava nos satisfazendo ou apenas estava  completando a ausência de algo que poderia a ser encontrado no futuro? Ou, se aquele trajeto ainda fará parte da nossa trilha, acrescido da novas descobertas.
  Digo que a cada dia me descubro, mas na verdade acredito que a  cada dia me construo, firmando mais os pilares que serão os alicerces  da construção  da minha caminhada. Os meus desejos ja estão semeados no meu peito, os meus sonhos já estão buscando formas se concretizar e quando em meio a tantos caminhos encontro essas portas  de reflexão, vejo que o impulso de se auto questionar é simplismente o sentir do sangue pulsando nas veias, e a certeza do que se encontrar e amar o que se faz.

   A participação na Caravana Ecológica no município de Pedra Grande - RN, fez o meu sangue pulsar de forma mais intensa e forte novamente, e  rever  projetos antigos e novos, em meio a tantos caminhos em determinados momentos sempre reencontramos algo importante.