domingo, 26 de fevereiro de 2012

Medicação


    


 O único remédio que alivia as minhas dores, se  chama "PALAVRAS"!
 Aqui com elas me sinto liberta para ser eu mesma, sem censura alguma.
 Posso expor tudo que me aflige sem ninguém interpretar erroneamente.
 Posso divulgar todas as minhas vontades, sem ser questionada de suas origens.
 Posso simplesmente sorrir ou chorar, sem ter que justificar.
 Posso ser coerente e incoerente.
 Posso ser certa e errada.
 Posso existir e sumir.
 É aqui que amo e odeio. Que me deleito e me revolto. Que me alimento e me abstenho.
 O  meu remédio sou "EU"!

Silêncio



 Nunca pensei que estando com alguém, pudesse haver carência.
 Me questiono até a aonde as reflexões são apenas frutos da minha imaginação ou fatos que assisto e não quero aceitar!?
 O mesmo silêncio que revela, esconde.
 O incomodo deve-se a realidade ou a transformação?
 São perguntas sem respostas. Cenas novas que me formam constantemente.
 E a vida vai revelando em fluxo incoerente, o que quero  e o que não quero.
 O mesmo silêncio que aproxima distância.
 Sentir é tudo o que posso fazer e faço, mesmo quando as vezes, bate aquela vontade de não sentir.
 As cicatrizes de outras fugas atormentam. Assim, se forma o cabo de guerra entre se permitir e não.
 Estou perdida no labirinto da vida, o qual só pertence a mim os caminhos. Entrei e sai, fiquei e voei, agora parei. Não de sentir, mas de saber como agir.
 O mesmo silêncio que acompanha e protege, abandona e entristece.

Recife, Pernambuco. 
24 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tempestade




 Pensar, pensar e pensar.
 Refletir, questionar, aceitar e negar.
 Sabe quando você caminha sem rumo e uma tempestade de pensamentos invade sua cabeça?
 É assim que me sinto!
 Essa tempestade é feita de uma chuva mista.
 Um atrito entre garoa, neblina, chuva de verão e tempestade de inverno. Reflete literalmente a confusão da minha mente, entre certezas e dúvidas.
 O que parece novidade, pode não ser.
 A vontade quer se esconder.
 O mesmo frio que estimula para aquecer, esfria o calor que se evidencia.
 Agora entendo porque tempestades são tão assustadoras!
 Elas nos despem e revelam nossos maiores medos. Nos colocam frente á frente como o que achamos improvável, com o que não esperamos, do que nos escondemos...
 Mas ainda assim, dentro desse turbilhão, me "permito" refletir porque as tempestade são tão marcantes.
 Porque mostram o poder da transformação, porque  suas cicatrizes ensinam o caminho da vitória, porque simplesmente elas devastam aquilo que a natureza acha necessário, para que de alguma forma em meio ao caos, tragédia, algo novo floresça e o que de fato é essencial permaneça.
 Penso, penso e penso.
 Reflito, questiono, nego e aceito.
 Será que estou sendo sincera o suficiente comigo mesma?
 Não sei do futuro, não sei do presente, não sei do passado.
 As lembranças existem, os fatos acontecem e os sonhos se constroem.
 Fechar os olhos e sorrir, de repente não é mais tão simples assim.
 Dizer sim, de repente não é mais tão difícil assim.
 "Nessa caminhada tempestiva..."
 Que caia chuva sobre mim e me faça sentir.
 Liberte as amarras que prendem do bom.
 Segure as palavras que me neguem da vontade.
 Me limpe e me deixe florescer.