sexta-feira, 22 de maio de 2015

Recomeçar

Foto: https://fernandadiaslemos.wordpress.com/2011/01/19/quero-recomecar-hoje-e-sempre/

Mais de dois anos se passaram para que eu retornasse a esse lugar, mais de dois anos se passaram par que eu pudesse me reencontrar.
 Por mais que haja uma rotina, nela as vezes nos perdemos, principalmente de nós mesmas... nos perdemos de nossos sonhos, nos perdemos de nossos desejos, nos perdemos de nossa essência. Porém, como tudo que se perde há de em algum momento de ser reencontrado, e aqui estou. Com inúmeras reflexões sobre viver, sobre trabalhar e sobre sentir, mas para para poder recomeçar é necessário retornar.
  O que passou levou de mim muito. A inocência, a entrega, a impulsão, o amar, o se permitir e sentir, foi tudo no mesmo pacote que se juntou e sem se quer se despedir desapareceu junto com aquele amor.
 Sofri.
 Chorei.
 Não mais acreditei, apenas segui para onde os ventos me levavam, e muitas das vezes briguei. Briguei para mostrar quem era a mais forte, quem é que mandava, quem é que decidia os caminhos a trilhar e quem podia entrar ou deixar de entrar nessa estrada da vida, que por esses tempos, acreditei ser apenas minha e de mais ninguém.
 Refleti.
 Pensei.
 E acreditei, que o marasmo das águas que me banhavam  era o que de melhor podia ter, que era o que realmente necessitava, que era o que realmente acreditava.
 Me enganei.
 Menti para mim mesma, e fiz com que os outros e eu acreditássemos que esse marasmo era o perfeito, era o sonho e o ideal, quando na verdade não passava de um real temido, por mim e por tantas outras.
 Segui, na mentira mais real que todos pudessem acreditar.
 Me iludi.
 Mais uma vez acreditei que quem guiava as rédias naquela estrada era apenas e somente eu.
Me enganei mais uma vez.
 Me joguei nas intensas curvas, onde a vida foi entregue ao compromisso do fazer. Fazer por acreditar, fazer por sonhar, fazer por se esconder. Esse foi meu compromisso durante esse tempo, essa foi minha única realidade e verdade, onde fugia, me escondia e me enganava atrás de uma oura face de amor, o trabalho.
Foram diversas as vezes que pensei já ter recomeçado, mas não. O recomeço só aconteceu como e quando deveria, a partir do mais inusitado encontro, daquele que se apresentou como fuga, o trabalho, e se rebelou como "O Novo".
"O essencial é invisível aos olhos, só se pode ver com o coração", já dizia Saint Exuperie.  E assim, no singelo olhar que eu percebi um novo florescer. Assim como antes de chegar nessa estrada, um dia havia me permitido percorrer o desconhecido, esse olhar me levou para aquele mesmo lugar que eu pensei jamais retornar, o lugar onde eu afirmava não mais acreditar e poder frequentar, o lugar  de sonhar, desejar e de me reencontrar.
 E hoje, se me perguntarem o caminho que estou respondo sorrindo, no caminho de recomeçar.
 Sorrindo.
 Sentindo;
 E vivendo, mesmo sem o olhar.
 Seguindo pronta para sempre recomeçar.

domingo, 28 de outubro de 2012

Trabalhando




O trabalho não para, a cada dia novos desafios, novas oportunidades, novas renuncias e novas conquistas, as vezes bate o MEDO do caminho que está sendo percorrido, atrelado a insegurança das escolhas. Outras vem o desanimo frente as dificuldades, frente as lutas sacrificantes sem reconhecimento, quase levando há um novo caminho. Porém, entre vezes e outras, aparece pinceladas que dão toque essen
cial para obra de arte, aparece recompensas que não dinheiro que pague as pedras já ultrapassadas, vem a confirmação do caminho certo através de bocas alheias, e aí eu paro. Por instantes sinto a miscelânea dos sentimentos e anseios dentro de mim, até me recuperar e recomeçar a trabalhar com aquilo que me alimenta.

Ah, quem não entenda, há quem não aceite, há muitos que criticam, e outros tantos que ignoram. Mas dentre muitos cegos e infelizes, há outros tantos que partilham, vivenciam e lutam! Há aqueles que me ajudam a caminhar quando faltam forças pra dar o próximo passo, aqueles que me alimentam com reflexões, enfim aqueles com quem posso partilhar o aprender, construir, acertar e errar. A vocês amig@s muito obrigada por permitirem ser feliz nos meus caminhos!






sábado, 2 de junho de 2012

Palavras - Ana Carolina


Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente…
Eu te ensinei quem sou…
E você foi me tirando…
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade…
De me inventar de novo.
Desculpa…se te olho profundamente,
Rente à pele…
A ponto de ver seus ancestrais…
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada…
Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente.
Ana Carolina

(Me sentindo assim - Aline)

domingo, 22 de abril de 2012

Nós



Há certas coisa que não há receitas!
Há sensações que ultrapassam a nossa vontade.
Razão e emoção em um conflito eterno, e eu perdida as vezes me acho.
Um turbilhão de pensamentos invadem minha cabeça, e eu fico na luta pra poder tentar organiza-los, e não ter atitudes erradas.
Eu sinto, sinto e sinto muito, quando falo, calo o que sinto, e não sei responder o porquê.
Eu sei que gosto, eu quero perto, as vezes  acho que me revelo, mas quase sempre creio que você não entende. Ou será que não o entendo?
Ninguém ensina como é se relacionar, a gente descobre através das vivências como é pertencer a esse mundo cheio de outros, nesses outros esses "alguens" especiais, nos especiais os únicos. 
Enfim, no meio dessa loucura, eu me perco e me acho. Descubro que posso dar bem mais do que pensava ter, e tenho bem menos do que acreditei possuir.
E sempre acabo me deleitando como a menor e singela atitude. Não que não seja importante....pelo contrário, é muito. Mas perto do essencial, não é nada.
Eu não quero cobrar!
Eu apenas quero sentir um pouquinho, como é receber aquilo que tanto dou.
No meio dos meus "Eus", simplesmente o que importa é VOCÊ! 
VOCÊ está feliz?
VOCÊ sente o que?
VOCÊ concorda ou não?
VOCÊ se esconde aonde?
VOCÊ,VOCÊ,VOCÊ não rola!
EU, EU, EU não rola!
Eu apenas quero NÓS!
O que eu sinto é NOSSO!
ACREDITO EM NÓS!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Há emoções inevitáveis

Jacumã, litoral norte de Natal - RN
07 de abril de 2012
  

  Nos últimos dias  muitas coisas aconteceram, posso dizer que vivenciei situações de uma vida em curto espaço de tempo, e como de costume refleti.
   Diante de uma miscelânea, hora agradável, hora extremamente desagradável, pude perceber o quanto, o que  nos faz bem está perto, e acabamos por insistir em dar atenção a aquilo que nos incomoda pela distância. 
   Sofri muito por palavras, por gestos, me perdi em pensamentos que machucavam ainda mais feridas abertas. Senti mais do que o necessário em situações quer se que eram problemas.
  O tempo foi passando, e eu sentindo menos, até que o próprio tempo me deu as respostas através de presentes.
    Encontros e desencontros, me contemplaram com palavras e carinhos que jamais serão esquecidos. Percebi o quanto o bem e o bom sempre estiveram ao meu lado, e sempre podem aprochegar mais. Percebi que a minha felicidade incomoda sim as pessoas, principalmente os que se aproximam por interesse,mas minha naturalidade e sinceridade afastam esses pedregulhos que aparecem constantemente em meu caminho.
 Senti que um olhar pode  emocionar, que palavras ditas de longe podem causar euforia e trazer sorrisos sem nem perceber, (que desdem me dá nojo), que família, não precisa ter sangue e nem dizer, basta simplesmente sentir.
  

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Medicação


    


 O único remédio que alivia as minhas dores, se  chama "PALAVRAS"!
 Aqui com elas me sinto liberta para ser eu mesma, sem censura alguma.
 Posso expor tudo que me aflige sem ninguém interpretar erroneamente.
 Posso divulgar todas as minhas vontades, sem ser questionada de suas origens.
 Posso simplesmente sorrir ou chorar, sem ter que justificar.
 Posso ser coerente e incoerente.
 Posso ser certa e errada.
 Posso existir e sumir.
 É aqui que amo e odeio. Que me deleito e me revolto. Que me alimento e me abstenho.
 O  meu remédio sou "EU"!

Silêncio



 Nunca pensei que estando com alguém, pudesse haver carência.
 Me questiono até a aonde as reflexões são apenas frutos da minha imaginação ou fatos que assisto e não quero aceitar!?
 O mesmo silêncio que revela, esconde.
 O incomodo deve-se a realidade ou a transformação?
 São perguntas sem respostas. Cenas novas que me formam constantemente.
 E a vida vai revelando em fluxo incoerente, o que quero  e o que não quero.
 O mesmo silêncio que aproxima distância.
 Sentir é tudo o que posso fazer e faço, mesmo quando as vezes, bate aquela vontade de não sentir.
 As cicatrizes de outras fugas atormentam. Assim, se forma o cabo de guerra entre se permitir e não.
 Estou perdida no labirinto da vida, o qual só pertence a mim os caminhos. Entrei e sai, fiquei e voei, agora parei. Não de sentir, mas de saber como agir.
 O mesmo silêncio que acompanha e protege, abandona e entristece.

Recife, Pernambuco. 
24 de fevereiro de 2012