segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Coisas da Vida.

  A vida realmente é uma coisa surpreendente!
  Em mais um dos meus momentos de auto reflexão percebi o quanto esse ano foi distante do que planejei. Tive muitos acertos e muitos erros, mas uma das coisas mais importantes que "re-aprendi"  foi o quanto acerto com os meus erros.O quanto eles me direcionam a encontrar o o caminho certo.
  Ninguém nunca disse que seria fácil realizar meus sonhos e nem por isso eu parei de sonhar.
  Mas é incrível como nos deixamos cair quando tropeçamos. Estou aprendendo a sempre me manter  no caminho, pois a cada tropeço que tenho se resolvo desviar o caminho, mais longe fica  a luz que estou seguindo.E não é isso que eu quero, distanciar-me, quero aproximar-me e chegar no meu objetivo. Estou percebendo que compliquei muito algumas coisas, e tudo que aconteceu, acontece e acontecerá é de plena responsabilidade minha, se errei, é porque em algum momento permiti esse erro através da dúvida,  insegurança ou medo do caminho que escolhi e para evitar os erros é necessário acreditar, e quando digo acreditar não é apenas no sentido de fé ou auto-estima, é estudar e trabalhar para que aquilo que eu acredito se concretize. Estou vendo que existem mais fatores que me impulsionam do que me derrubam, e eu que fechava os olhos antes, nas pequenas coisas, gestos e conversas aparecem grande soluções.
  Estou aprendendo a viver e não a sobreviver.

Minha infância.

 

  Ôh saudade da D. Catarina, minha vovózonaaaaa.
  Lembro das férias incansáveis e únicas, no interior de minas (Muzambinho), férias que tanto marcaram minha vida, que fazem parte da minha história, repleta de regalias  da vovó, as quais  poderia ter dado mais valor.
  Na ansiedade da adolescência o meu maior tempo era dedicado as conversas com os amigos, paqueras e voltas na praça da cidade. Achava que tudo sempre seria da mesma forma, e a família toda sempre estaria ali.
  Mas o tempo passou, eu cresci e percebi que podia ter  dedicado mais tempo a vovó e ao vovô. Na infância ainda disputava com os primos um cantinho no quarto da vó e ajudava o vô nas plantações. Tive uma infância perfeita! E só agora que bateu a saudade que me dei conta dos detalhes, ah como seria nossa vida sem esses pequenos detalhes!?!
   Todas as férias era sagrado, o aluguel dos cavalos pra  cavalgarmos horas e horas, os caminhões de areia para termos o contato com a terra, as receitas que só a Dona Catarina sabe fazer... os sorriso do vô Eufrázio...que nos deixou, sendo o meu maior exemplo!
 Ah, que saudade de sentar a mesa, ver vovô no seu lugar e as discussões entre primos pra ver quem iria comer nos pratos que era da bisa Elisa. Brincar de policia e ladrão e deixar sempre os mais novos "fazer papel de bobos". Sem contar nas caminhadas exaustivas até o açude do "Bia", as imensas bolas de sorvete da praça, os carnavais inesquecíveis, até desfilei na escola de samba. E quando  comecei a ir pra praça, tinha horário pra estar em casa, mas a vovó sempre  liberava mais um tempinho.
 Tempos memoráveis.
Quando dizem que vó sempre faz o gosto dos netos, não é mentira, até hoje mesmo com a distância que nos separa ela ainda atende os meu pedidos. Mandou do doce de figo com queijo fresco que só ela sabe fazer, o polvilho azedo para eu tentar fazer suas receitas.
 Obrigado Vô Eufrázio e Vó Catarina, por tudo que ja fizeram. Amo vocês!

sábado, 20 de novembro de 2010

Eu e os Outros, os Outros e Eu!




  Como ser humano é difícil. Lidar com os sentimentos próprios e alheios, imagem, vontade, é um verdadeiro rebuliço entre ser o que realmente somos e queremos, e os bombardeios dos Outros.
   Ando me perguntando, até que ponto os Outros interferem na minha vida, e Eu na dos Outros?
   Sempre tive orgulho de assumir meus pensamentos e vontades, correr atrás do que queria e admitir meus erros. Mas com o tempo passando, a cada dia percebo o quanto somos escravos dos Outros, não que eles mandem em nossas vidas, mas eles determinam muito sem percebermos, e quando menos nos damos conta, estamos limitando o nosso Eu.
  É tão bom ser livre, poder escolher nossos caminhos, nos entregar aos desejos.
 Ah, que saudade da minha infância e adolescência, sem grandes responsabilidades, uma visão pura das pessoas e das situações, que infelizmente quando crescemos, percebemos que o mundo não é bem aquela flor que acreditávamos, não que seja o inferno, isso também não é não, mas tem momentos que chegam perto.
  Ando com uma sensibilidade incomoda, parece que tudo que os Outros falam é direcionado pra mim e, quando quero me pronunciar tenho que refletir bem, pra usar as palavras corretas e não magoar ninguém, porque se magoar alguém estarei magoando a mim mesma. Ser sincera não é tão fácil!
  Tenho a sensação de em determinados momentos estar de frente há um abismo, que pode tanto me levar pra um lugar seguro quanto pra outro que evidencie ainda mais as minhas angústias.
  Fazer escolhas quando pressionada não é nada legal, em em meio as decisões que preciso tomar, algumas já com respostas esperando o momento certo de ser pronunciada, o maior desejo é de sumir por uns dias, ir pra um lugar distante, viver sem sobreviver, buscar o prazer das coisas por si próprias, reencontrar minha alma de criança.